Um maior prazo de financiamento significa que o cliente vai pagar, no total, um valor maior de juros. Mesmo que as taxas tenham caído, o juro é calculado em função do tempo
Na onda de redução de juros e apoio ao crédito que inundou o Brasil, a mais recente mudança nos financiamentos habitacionais pela Caixa Econômica Federal pode ser apenas uma marolinha. A partir de 11 de junho de 2012, quem for comprar imóveis terá mais uma opção para pagar menos na concretização do sonho da casa própria, pelo menos na largada. Para aqueles que puderem alargar o prazo de 30 para 35 anos, a entrada ficou menor e, em alguns casos, o preço da prestação também. Mas o consumidor precisa ficar atento: a ampliação do prazo do financiamento aumenta, necessariamente, o valor total pago pelos juros, no montante da dívida.
A mudança, dessa vez, não é para todos. Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o imóvel dos sonhos deve valer a partir de R$ 130 mil para quem tem renda inferior a R$ 5 mil. Para quem ganha mais do que esse valor não há limite de preço do imóvel, apenas deve lembrar que sempre a prestação deve equivaler no máximo a 30% do rendimento da família. Para outros tipos de financiamentos, incluindo o Minha Casa, Minha Vida, o prazo não muda.
Para o gerente regional da Caixa, Júlio César Pavin, a possibilidade de pagar em até 35 anos beneficia aquelas pessoas que tinham o desejo de comprar determinado imóvel, mas a sua renda não era suficiente para financiá-lo. "O valor da prestação pode ficar mais baixo desde o início, então aumentam as possibilidades para o cliente."
Outra vantagem é que o comprador pode optar também por reduzir a entrada. Se o consumidor pensava em fazer um empréstimo para dar a entrada na moradia, vale a pena diminuí-la. Mesmo que as prestações do imóvel não caiam tanto, vale a pena pagar menos na largada porque as taxas de juros da habitação são as menores do mercado.
Atenção
A mudança, dessa vez, não é para todos. Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o imóvel dos sonhos deve valer a partir de R$ 130 mil para quem tem renda inferior a R$ 5 mil. Para quem ganha mais do que esse valor não há limite de preço do imóvel, apenas deve lembrar que sempre a prestação deve equivaler no máximo a 30% do rendimento da família. Para outros tipos de financiamentos, incluindo o Minha Casa, Minha Vida, o prazo não muda.
Para o gerente regional da Caixa, Júlio César Pavin, a possibilidade de pagar em até 35 anos beneficia aquelas pessoas que tinham o desejo de comprar determinado imóvel, mas a sua renda não era suficiente para financiá-lo. "O valor da prestação pode ficar mais baixo desde o início, então aumentam as possibilidades para o cliente."
Outra vantagem é que o comprador pode optar também por reduzir a entrada. Se o consumidor pensava em fazer um empréstimo para dar a entrada na moradia, vale a pena diminuí-la. Mesmo que as prestações do imóvel não caiam tanto, vale a pena pagar menos na largada porque as taxas de juros da habitação são as menores do mercado.
Atenção
Essas mudanças não são motivo de euforia, conforme alerta Luciane Varisco, diretora administrativa do escritório da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) em Porto Alegre. Maior prazo de financiamento significa que o cliente vai pagar, no total, um valor maior de juros. Mesmo que as taxas tenham caído, o juro é calculado em função do tempo. Assim, para gastar menos, deve-se pagar antes.
"O consumidor está acostumado a esticar os prazos dos pagamentos até o máximo, pensando apenas se a prestação cabe no salário, e os bancos estimulam isso. Mas, se a pessoa tem condições de pagar em 20 anos, por que não contratar para um prazo menor?", questiona Luciane.
Para ela, a redução na taxa de juros não é tão significativa e o alargamento no tempo de pagamento da dívida beneficia mais os bancos e financeiras do que o consumidor. Seria uma forma de compensação aos bancos que estão ganhando menos com a redução nas taxas de juros.
Outro motivo de preocupação por parte do consumidor é calcular o risco que assume ao empenhar parte da renda na compra de um imóvel. Para esse tipo de financiamento, a garantia para o banco, no caso de inadimplência, é chamada de alienação fiduciária. Isso significa que, caso o cliente fique somente três meses sem pagar as parcelas, as instituições podem imediatamente ter a posse legal do imóvel.
"Todo mundo pensa em honrar suas dívidas, mas urgências podem acontecer, como doenças ou mesmo o desemprego. Por isso orientamos os clientes a comprometerem, no máximo, 15% da própria renda e, além disso, encurtarem o prazo sempre que possível."
Santander
No dia 6 de junho de 2012, o Santander também anunciou a ampliação para até 35 anos no financiamento da casa própria. A novidade vale para contratos assinados a partir de 6 de julho de 2012